Navegando por Autor "Faria, Fernanda Rocha de"
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Item Comportamentos relacionados ao estilo de vida e indicadores de saúde física e mental por meio de abordagens integrativas em adolescentes(Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-20) Faria, Fernanda Rocha de; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://lattes.cnpq.br/4548761223935649Esta tese teve como objetivo geral verificar a associação entre comportamentos relacionados ao estilo de vida e indicadores de saúde física e mental por meio de abordagens integrativas em adolescentes. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade Federal de Viçosa. Trata-se de um estudo transversal com adolescentes entre 15 e 18 anos, estudantes de cursos técnicos integrados ao ensino médio. O projeto de pesquisa incluiu dois estudos distintos: microrregional e institucional. Em ambos os estudos, aferiu-se peso corporal, estatura e circunferências de cintura e quadril. Foram calculados os valores de índice de massa corporal e as relações cintura/quadril e cintura/estatura. Aferiu-se a pressão arterial e a composição corporal foi estimada por fórmula específica. Comportamentos relacionados ao estilo de vida foram avaliados por questionários. No estudo institucional foi incluída a monitoração objetiva da atividade física (AF) e do comportamento sedentário (CS) com a utilização de um acelerômetro por um período ininterrupto de sete dias. Os principais resultados oriundos do estudo microrregional evidenciaram que 20,5% dos adolescentes foram incluídos nas classes de “Risco moderado” e “Risco elevado” para o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas. Adolescentes com tempo de tela superior a 4 horas diárias apresentaram 4,39 vezes mais chances de pertencerem a classe “Risco elevado”. Por outro lado, adolescentes incluídos na classe “Risco baixo” apresentaram maior tempo em AF moderada a vigorosa (AFMV) por semana quando comparados a classe “Risco moderado” (γ vs 1,5 horas), enquanto adolescentes da classe “Risco elevado” exibiram maior CS (1β horas) durante o final de semana quando comparados as demais classes. A análise do estudo institucional identificou três classes relacionadas ao estilo de vida, sendo que a maioria dos adolescentes (≈7β%) foi incluída nas classes com os piores parâmetros. A classe “Inativa e sedentária” apresentou maiores escores de transtorno mental comum quando comparada a classe “Ativa e não-sedentária” (6 vs 4 pontos). Meninas apresentaram 4,48 vezes mais chances de pertencerem a classe “Inativa e sedentária” que os meninos. Adolescentes que apresentaram sinais de transtorno mental comum tiveram 11,35 vezes mais chances de pertencerem a classe “Inativa e não-sedentária” quando comparado a classe “Ativa e não- sedentária”. Já as meninas com sinais de transtorno mental comum tinham 9,2 vezes mais chances de pertencerem a classe “Inativa e sedentária”, quando comparada a classe “Ativa e não- sedentária”. Por fim, a análise composicional indicou a associação entre a composição de comportamentos de movimento realizados em 24 horas e os escores de depressão/ansiedade (p < 0,05). A substituição de 10, 30 e 60 minutos do tempo em CS para AF leve (AFL) reduziu os escores de depressão/ansiedade em -0,06, -0,17 e -0,32, respectivamente; enquanto o oposto aumentou estes escores em +0,06, +0,2, +0,44, respectivamente. Os resultados encontrados evidenciam os prejuízos associados ao excessivo tempo em CS à saúde física e mental de adolescentes, enquanto destacam o papel crucial da AF na promoção da saúde, mesmo que em intensidade leve. Nesse contexto a AFL pode ser considerada como uma porta de entrada para inserção de comportamentos ativos no cotidiano dos adolescentes. Palavras-chave: Atividade física. Comportamento sedentário. Transtorno mental comum. Depressão. Ansiedade. Fatores de risco. Doença cardiometabólica. Adolescentes. Análise de classe latente. Análise composicional de dados.Item Validade, variabilidade, reprodutibilidade e precisão do pedômetro Power Walker® na contagem de passos em ampla faixa etária(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-11) Faria, Fernanda Rocha de; Amorim, Paulo Roberto dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784479Z2; http://lattes.cnpq.br/4548761223935649; Guedes, Dartagnan Pinto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795731Z9; Marins, João Carlos Bouzas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728340H6Pedômetros são equipamentos especializados na contagem de passos e consistem em um método atrativo por fornecer medida objetiva da atividade física (AF) com baixo custo e fácil manuseio. Entretanto, alguns pedômetros, tais como o Power Walker® - 610 (Yamax, Japão) (PW) requerem ainda validação por critério científico. Objetivou-se verificar a validade, variabilidade, reprodutibilidade e precisão do pedômetro PW na contagem do número de passos durante situações laboratoriais e de cotidiano envolvendo uma ampla faixa etária. A amostra total do estudo foi composta por 292 voluntários, a saber: 150 indivíduos (47,5 ± 20,4 anos), sendo o Grupo 1 (G1) constituído por 50 indivíduos na faixa etária entre 18 e 30 anos, Grupo 2 (G2) composto por 50 participantes com idade entre 50 a 64 anos, e Grupo 3 (G3) formado por 50 integrantes na faixa etária entre 65 e 70 anos submetidos a teste de pista de 200 m em velocidade autosselecionada; 50 adultos jovens (21,6 ± 2,1 anos), os quais realizaram caminhada em esteira rolante, nas velocidades de 33, 50, 67 e 83 m.min-1, com duração de 2 minutos cada estágio; 40 voluntários com idade entre 40 e 59 anos (49,9 ± 5,5 anos), os quais foram instruídos a utilizarem o pedômetro por oito dias consecutivos, o maior número de horas possível, mantendo sua rotina de atividade diária inalterada; e por fim, 52 crianças, na faixa etária de 8 a 13 anos, submetidas a teste em pista de 400 m em velocidade autosselecionada e caminhada em esteira em velocidades de 50, 67 e 83 m.min-1. Em todos os testes o posicionamento do pedômetro PW foi padronizada ao lado direito do corpo e esteve de acordo com as recomendações do fabricante. Durante os testes de pista de 200 e 400 m, e os protocolos desenvolvidos em esteira, a medida critério utilizada para a contagem de passos foi a observação direta (OD) dos passos, realizada por dois observadores previamente treinados. No protocolo desenvolvido em cotidiano, a medida critério utilizada foi o pedômetro Digi-Walker® SW-200 (Yamax, Japão) (DW). Os resultados do teste de 200 m em pista com 150 participantes apontam que o PW superestimou em + 2.9 passos para amostra total. Foram encontrados elevados valores do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) para G1 (,96), G2 (,95) e G3 (,96). O coeficiente de variabilidade (CV) apresentou valores de 10,9; 7,1 e 12,2% nos grupos G1, G2 e G3, respectivamente. O teste em esteira com 50 adultos jovens x encontrou diferenças significativas entre as contagens de passos realizadas pelo pedômetro PW e pela OD nas velocidades 33 e 83 m.min-1 (p < 0,05), nas quais o pedômetro subestimou em - 23 e superestimou em + 13 passos a contagem real, respectivamente. Melhor resultado foi encontrado para velocidade de 67 m.min-1, com superestimação média de + 2 passos e variação entre + 19 e - 23 passos. CCI apresentou valores de baixa magnitude nas velocidades equivalentes a 33, 50 e 83 m.min-1 de 0,35; 0,35 e 0,48, respectivamente, tendo seu valor mais elevado a 67 m.min-1 (0,83), e o CV alcançou menor valor a 67 m.min-1 (0,06). O protocolo em condições de cotidiano apontou diferenças significativas entre a contagem de passos registrada por ambos os pedômetros PW e DW na maioria dos dias da semana. A média semanal da contagem de passos produzida pelo PW (11.554 ± 6.839 passos) foi estatisticamente maior em comparação com o DW (9.881 ± 5.585 passos). Considerando a média de sete dias, o PW superestimou em + 1.673 passos a contagem do DW. Foram encontrados elevados valores de CCI para todos os dias de coleta, com variação entre 0,778 (IC95%: 0,568 0,886) e 0,919 (IC95%: 0,840 0,958). Ambos os pedômetros apresentaram elevados valores de CV, provavelmente devido à considerável variabilidade do cotidiano das atividades individuais. Nos testes com amostra infantil, não se verificou diferenças significativas entre as contagens de passos produzidas entre PW e OD durante caminha de 400 m e testes em esteira. Encontrou-se diferença significativa entre as contagens de passos produzidas pelo DW em relação à OD e PW durante a velocidade de caminhada de 50 m.min-1 (p = 0,01). Os valores de CCI mantiveram-se elevados para ambos os pedômetros durante os testes e o CV do PW apresentou-se estável. Em conjunto os resultados concluem que o pedômetro PW apresenta-se como ferramenta válida, precisa e com elevada reprodutibilidade para a contagem de passos em ampla faixa etária. Sua eficácia pode ser comprometida em baixa velocidade de caminhada como 33 m.min-1, entretanto, tal velocidade pode não ser usual durante o cotidiano da população. São sugeridos novos estudos em condições de cotidiano, em faixas etárias diferentes da aqui realizada, bem como com protocolos diferentes de avaliação, para uma mais adequada generalização dos resultados.