Navegando por Autor "Epifânio, Andreza de Paula Santos"
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Item Estado clínico-nutricional, controle metabólico, inflamação e estresse oxidativo em indivíduos submetidos à hemodiálise(Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-23) Epifânio, Andreza de Paula Santos; Hermsdorff, Helen Hermana Miranda; http://lattes.cnpq.br/7249860697154167A doença renal crônica (DRC), caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais, bem como a hemodiálise (HD), tratamento substitutivo na DRC terminal, tem alta morbimortalidade e impacto socioeconômico relevante. Ademais, desnutrição, desordens metabólicas, inflamação e estresse oxidativo são fatores importantes que contribuem para esse cenário. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a associação entre estado clínico-nutricional, controle metabólico, inflamação e estresse oxidativo em indivíduos submetidos à HD. Participaram do estudo 85 indivíduos com idade superior a 18 anos (56 H/ 29 M, idade 62±14 anos), dos quais foram coletados dados sociodemográficos, indicadores antropométricos e de composição nutricional, estado nutricional por avaliação subjetiva global modificada (ASGm). Dados laboratoriais e de prescrição medicamentosa também foram obtidos dos prontuários e incluíram: Kt/V, número de medicamentos prescritos, GPID e valores de concentrações séricas de creatinina, ureia, taxa de remoção da ureia (TRU), potássio, cálcio, fósforo, paratormônio (PTH), albumina, ferro, capacidade latente e total de ligação do ferro, ferritina, saturação da transferrina, colesterol, triglicerídeos, proteína C reativa (PCR), IL-6, oxido nítrico (ON), Capacidade antioxidante (CAT), MDA, SOD. O consumo alimentar foi avaliado por meio do recordatório alimentar e o questionário de frequência de consumo alimentar semi-quantitativo (QFCA).Como resultados as principais causas da DRC na amostra estudada foram nefroesclerose hipertensiva e diabetes mellitus (DM). Quanto ao estado nutricional, a ASGm identificou 10,6% dos indivíduos na categoria adequado e 89,5% com risco nutricional/desnutrição leve. Em um primeiro momento observou que aqueles indivíduos com maior óxido nítrico (ON) (> 4,32 μmol/L) tiveram menores valores para escore ASGm (melhor estado nutricional), menor ferro sérico e triacilglicerol, acima das recomendações. Os mesmos ainda tiveram menor consumo de cobre, manganês, vitamina E, ɷ3 e ɷ6, quando comparado ao grupo com menor ON, porém ambos atingiram valores satisfatórios para consumo segundo recomendações nutricionais. Em modelo de regressão múltipla, as concentrações de ferritina, triacilglicerol, IL6 e SOD representaram uma variação de 54,8% nas concentrações de ON, sendo que as concentrações de triacilglicerol e SOD foram preditores independentes para variação de ON. Outro achado relevante do presente estudo, foi que aqueles indivíduos com diabetes tiveram menor escore ferro (p=0,001), KtV (p=0,050), e maiores valores de saturação de Fe (p=0,034), creatinina (p=0,003), PTH (p=0,046). Os mesmos ainda tiveram menor ingestão de fibra (p=0,019), zinco (p=0,001), vitamina A (p=0,002) quando comparados aos não diabéticos. Em modelo de regressão múltipla, a ocorrência de diabetes se associou positivamente com concentrações ferro e saturação de ferro, bem como negativamente com os valores de creatinina, KtV, ureia pré-diálise, CATs (p<0,05). E quando analisou o consumo alimentar observamos um maior consumo para maioria dos nutrientes (calorias totais, gorduras, fibra, vitaminas do complexo B, C e E e minerais K, Mg, Zn e Cu) analisados entre os homens, adultos, alfabetizados e valores adequados de creatinina (p<0,05). Ademais, aqueles indivíduos com excesso de peso tiveram menor consumo para macro e micronutrientes, comparados aos normopeso e com magreza (p<0,05) Em modelo de regressão múltipla, a escolaridade, atividade física, IMC e creatinina foram preditores independentes para variações na ingestão calórica dos macronutrientes (carboidrato, proteínas, lipídeos / kg de peso, p<0,001). Diante do exposto concluímos que este estudo transversal mostrou uma significativa associação de ON com marcadores de metabolismo lipídico e de ferro, bem como com marcadores inflamatórios (IL6 e IL10) e estresse oxidativo (SOD) em pacientes em HD, indicando seu importante papel como mediador de risco cardiometabólico. Ainda nessa população com baixas concentrações de ON, foi encontrado um consumo adequado de nutrientes com propriedade antioxidante (Cu, Se, Mn, vitamina C,E e ω3), assim como de vitaminas do complexo B além de uma distribuição adequada de gordura corporal e proteínas plasmáticas que parecem modular uma ação protetora nesta população. E ao considerarmos a presença do diabetes no indivíduo em HD foi associado positivamente com controle metabólico (creatinina, ferro, Kt/V, uréia e PTH), sem, contudo indicar desnutrição, sendo que a maior ingestão de antioxidante da dieta entre ambos os grupos e menor CATs indica menor risco de estresse oxidativo nesta população. Ademais, os pacientes em HD com excesso de peso também merecem atenção com ênfase na ingestão de micronutrientes, evitando a presença de uma desnutrição oculta, que pode contribuir para os agravos metabólicos comuns à DRC, sem contudo excluir a possibilidade de sub-relato entre estes pacientes.Item Metabolic, inflammatory and oxidative stress markers in the nitric oxide variation of hemodialysis subjects(Nutricion Hospitalaria, 2017-04-28) Epifânio, Andreza de Paula Santos; Balbino, Karla Pereira; Jorge, Monica De Paula; Ribeiro, Sonia M.R.; Moreira, Ana Vládia Bandeira; Oliveira, Jerusa Maria; Oliveira, Leandro Licursi; Hermsdorff, Helen Hermana MirandaOxidative stress markers such as nitric oxide (NO) have been investigated in hemodialysis (HD). Objective: Evaluate the association of NO variation with adiposity indicators, metabolic, inflammatory and oxidative stress markers in individuals to HD. Cross-sectional study with 85 subjects on HD treatment (≥ 18 years). The clinical-nutritional status was evaluated through subjective global assessment modified (SGAm), anthropometric measurements and body composition. Dietary intake was evaluated using a food frequency questionnaire. Metabolic markers were obtained from medical records. Inflammatory markers (IL-6 and IL-10) and oxidative stress, (TACs), (SOD), (GST), (MDA) and NO were determined using standardized protocols. Results: Those individuals with a high concentration of NO (> 4.32 μmol/L) had lower values for SGAm score (p = 0.012) and higher iron values (p = 0.050), Fe saturation (p = 0.037) and triacylglycerol (p = 0.003). The same subjects still had lower consumption of copper (p = 0.026), manganese (p = 0.035), vitamin E (p = 0.050), ω3 (p = 0.021) and ω6 (p = 0.020). In a multiple regression model, concentrations of ferritin, triacylglycerol, IL6 and SOD contributed to a 54.8% increase in NO concentrations, whereas triacylglycerol and SOD concentrations were independent factors for NO variation (p < 0.001). The clinical and nutritional status as well as intake of nutrients with antioxidant properties (Cu, Zn, Mn, vitamin C and ω3) appears to modulate the variation of NO in this population.