Navegando por Autor "Carlos, Celina Angélica Lisboa Valente"
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Item Análise do envelhecimento funcional precoce em funcionários de lavanderias terceirizadas Belo Horizonte-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2008-10-06) Carlos, Celina Angélica Lisboa Valente; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Minette, Luciano José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785551D5; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4237101H3; Tinôco, Adelson Luiz Araújo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787553U8; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1A Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como pesquisadores do mundo inteiro, tem demonstrado preocupação com a questão do envelhecimento relacionado ao trabalho e reconhece que modificações nos vários sistemas do corpo humano levam à diminuição gradativa na eficácia de cada um deles, visto que o envelhecimento causado pelo trabalho antecipa estágios do ciclo de vida do homem, não respeitando o estado natural desse processo. Neste sentido, objetivou-se com esta pesquisa investigar os aspectos relativos à capacidade para o trabalho e à saúde dos funcionários de lavanderias terceirizadas, verificando se eles apresentam sinais de envelhecimento funcional precoce. Foram realizadas observação não-participante nas duas lavanderias e entrevista semiestruturada com os funcionários, bem como com os gestores de recursos humanos das lavanderias. Foram analisados os atestados médicos apresentados nas lavanderias no período de junho a agosto de 2007 e de novembro de 2007 a janeiro de 2008, além de medições dos níveis de ruído e temperatura. Verificouse, quanto ao perfil dos funcionários das duas lavanderias, que existe maior participação de mulheres no setor. Em relação ao estado civil e à renda, detectou-se que o número de solteiros e casados é praticamente o mesmo e que a grande maioria possui renda mensal familiar de até R$500,00. Quanto à escolaridade, a maioria possui entre oito e 12 anos de estudo, idade entre 18 e 30 anos e possui de um a quatro anos de trabalho nas lavanderias estudadas. No tocante ao absenteísmo, identificou-se nas duas lavanderias que este é impulsionado pelas doenças respiratórias e por distúrbios músculoesqueléticos. Ainda em relação ao absenteísmo, foi possível verificar que na lavanderia A foram encontrados índices de frequência de quatro afastamentos iniciados por empregado no período investigado e gravidade de 5,9 dias perdidos por empregado. Além disto, a proporção de dias perdidos para o período estudado foi de 2,9 %. Na lavanderia B , foi possível averiguar índice de frequência de 0,73 por empregado, gravidade de 7,53 dias perdidos por empregado e proporção de tempo perdido equivalente a 9,77 %. No que diz respeito aos hábitos de vida dos funcionários, contatou-se que eles são resistentes à prática de atividades físicas, além de fazerem uso frequente de bebida alcoólica e também de tabaco. Identificaram-se nas lavanderias níveis elevados de ruído e temperatura, além de exposição dos funcionários aos riscos físicos, químicos, ergonômicos, psicossosiais e biológicos, o que tem acarretado diversas doenças e fadiga. Desta forma, foi possível concluir que o processo de envelhecimento funcional é resultado de múltiplos fatores, dentre os quais ressalta-se o ambiente laboral, em função do desgaste físico e do nível de estresse exigido pelo trabalho realizado. Conclui-se, então, que é necessário que avaliações sejam realizadas nas lavanderias, a fim de elucidar os agentes que provocam doenças e desgastes no trabalho e que contribuem para acelerar o envelhecimento funcional precoce.Item Tratamento fora do domicílio: a perspectiva do paciente oncológico da região imediata de Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2024-04-18) Carlos, Celina Angélica Lisboa Valente; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://lattes.cnpq.br/8602005632046554O câncer é uma patologia que mata milhares de pessoas, anualmente, em todo o mundo. Seu diagnóstico é muito temido e, quando confirmado, pode provocar uma série de aborrecimentos e desestruturações para o paciente e sua família, tanto na dimensão emocional quanto na profissional e pessoal. Desse modo, esta tese teve como objetivo analisar as implicações do adoecimento oncológico de pacientes da região imediata de Viçosa, MG, com tratamento fora do domicílio, sob a perspectiva do deslocamento para tratamento, dinâmica familiar e redes de apoio. O estudo com abordagem quali-quantitativa, se caracteriza como exploratório descritivo, sendo o estudo de caso o método utilizado. No que se refere à construção dos dados, utilizou- se de entrevistas semiestruturadas, realizadas com nove representantes do TFD dos municípios da região imediata de Viçosa e com sessenta e três pacientes oncológicos ou com seu principal cuidador. Adicionalmente, ainda em relação ao paciente, utilizou-se também de um questionário adaptado do European Organization for Reserach and Treatment os Cancer Core Quality f Life Questionnaire (EORTC QLQ- C30), de forma a verificar sua percepção acerca da qualidade de vida relacionada à saúde. Os resultados revelaram que o TFD nos municípios está estruturado majoritariamente com profissionais com contrato de trabalho temporário, não possui sistemas de gestão, tampouco padronização dos processos de trabalho. Quanto ao perfil socioeconômico dos pacientes, os dados revelaram que a amostra em sua maioria foi composta por mulheres, tendo em média 50 anos de idade, pardas e negras, casadas, com ensino fundamental e renda mensal de até 1 salário-mínimo. Considerando a necessidade de realização de tratamento fora do município de residência, os deslocamentos tendem a impactar a dinâmica familiar dos pacientes nos aspectos, como: afastamento das atividades pessoais e profissionais, inversão de papéis, dificuldades financeiras, dentre outros. No entanto, evidenciou-se que o envolvimento da rede de apoio auxilia na minimização dos impactos e na aceitação do diagnóstico. Quanto à percepção da qualidade de vida relacionada à saúde, identificou-se que essa é influenciada pela renda, pelo estilo de vida e pelo número de viagens realizadas. Assim, conclui-se que a necessidade de tratamento fora do domicílio é uma realidade para os pacientes da região imediata de Viçosa, pois os deslocamentos são exaustivos e exigem adaptação do paciente e de sua família no que diz respeito a ajustes na rotina familiar, e na superação do cansaço e dos efeitos colaterais físicos e emocionais. Por fim, evidenciou-se que o TFD desempenha importante papel ao ofertar transporte e agendamento de tratamento para os pacientes, mas é necessário que seja incorporado enquanto política pública, dado sua importância para a população. Palavras-chave: Câncer; Tratamento fora do domicílio; Viagens; Família; Redes de apoio.