Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://locus.ufv.br//handle/123456789/5657
Tipo: Dissertação
Título: Zeolita em dietas de bovinos de corte
Título(s) alternativo(s): Zeolite in diets for beef cattle
Autor(es): Câmara, Larissa Rodrigues de Azevedo
Primeiro Orientador: Leão, Maria Ignez
Primeiro coorientador: Valadares, Rilene Ferreira Diniz
Segundo coorientador: Valadares Filho, Sebastião de Campos
Primeiro avaliador: Pereira, Odilon Gomes
Segundo avaliador: Paulino, Mário Fonseca
Abstract: Objetivou-se avaliar o efeito da adição de diferentes níveis de zeolita sobre o consumo e digestibilidade aparente total e parcial dos nutrientes, parâmetros ruminais (pH e nitrogênio amoniacal), produção de compostos nitrogenados microbianos, eficiência microbiana e parâmetros sanguíneos (glicose e uréia) em dieta de bovinos de corte. Os tratamentos foram constituídos dos seguintes níveis de zeolita, um aditivo nutricional comercial à base de clinoptilolita, um aluminosilicato hidratado com base na MS da dieta: 0 , 0,75, 1,5, 2,25 e 3,0. Utilizaram-se cinco bovinos machos e mestiços GxZ, com fístula ruminal e abomasal, alimentados com 65% de silagem de milho e 35% de concentrado à base de milho, sal mineral e uréia/SA (1,5% na MS total da dieta). Os animais foram distribuídos em um quadrado latino 5x5, constituído de cinco períodos de 15 dias cada, totalizando-se 75 dias de período experimental. A adaptação à dieta foi de nove dias. Em cada período experimental foram realizadas coletas totais de fezes e urina (do 10º ao 12º dia) e do 10º ao 13º dias, foram coletadas amostras (aproximadamente 200 mL) de digesta abomasal em intervalos de 15 horas. Durante o período de coleta (do 10º ao 15º dia), foram feitas amostragens dos volumosos e concentrados e das sobras para posteriores análises. Do 3° ao 12° dia de cada período experimental, foi fornecido, via fístula ruminal, 15 g de dióxido de titânio (TiO2) acondicionados em cartuchos de papel, 4 horas após a alimentação da manhã (12:00h) para posterior estimativa da digestibilidade dos nutrientes. O isolamento bacteriano foi realizado no 13º (8h) e 14º dias (14:00h). No 14º dia de cada período experimental foi coletada amostra de sangue para análise de glicose e uréia. Foram realizadas coletas de 50 ml de líquido ruminal nos tempos 0 (antes da alimentação), 1, 2, 3, 4, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 20 e 24 horas após o fornecimento da alimentação, no 15º dia de cada período, para avaliação do pH e concentração de nitrogênio amoniacal no rúmen. Nas amostras de urina foram determinadas as concentrações de alantoína, ácido úrico, uréia e creatinina. Não se observou efeito dos níveis de zeolita (P>0,05) no consumo diário de nutrientes (kg/dia) de MS, MO, EE, CHO, FDNcp, CNF e NDT. No entanto, observou-se efeito de zeolita (P<0,05) sobre o consumo de PB. Porém, detectou-se efeito positivo linear de zeolita (P<0,05) sobre os consumos de MS e FDNcp quando expressos em g/kg PV. A digestibilidade total da MS, MO, PB, EE, FDNcp e CNF não foi afetada (P>0,05) pelos níveis de zeolita, o que não foi observado para NDT (P<0,05). A digestibilidade ruminal dos CNF foi afetada (P<0,05) quadraticamente (valores acima de 1,55% de zeolita aumentam a digestibilidade ruminal dos CNF) e a intestinal da PB e CNF foram afetadas (P<0,05) pela adição dos níveis de zeolita, respectivamente de forma linear e quadrática (maior digestibilidade com 1,55% de zeolita). A ingestão e a excreção fecal de nitrogênio (g/dia) foram afetadas linearmente positivas (P<0,05) com o aumento dos níveis de zeolita na dieta. Não houve efeito (P>0,05) dos níveis de zeolita sobre a excreção dos derivados de purina e purinas absorvidas, bem como sobre a produção de proteína microbiana e eficiência de síntese microbiana. As concentrações de glicose e uréia plasmática também não foram afetadas (P>0,05) pelos níveis de zeolita. Não houve interação (P>0,05) entre o nível de zeolita e o tempo de avaliação do pH ou do nitrogênio amoniacal, porém, o tempo de avaliação afetou o pH e o nitrogênio amoniacal (P<0,05), ou seja, diferiram ao longo do dia. Não houve diferença (P>0,05) na composição das bactérias ruminais em função dos níveis de zeolita, demonstrando que o aditivo não foi capaz de alterar a MS, MO, PB e N-RNA das mesmas. Concluiuse que a adição de zeolita na ração não melhora a utilização da uréia em dietas de bovinos de corte, uma vez que não altera o consumo e a digestibilidade de quase todos os nutrientes, bem como não afetou os parâmetros ruminais avaliados.
The objective was to evaluate the effect of adding different levels of zeolite on the intake and total and partial apparent digestibility of nutrients, ruminal parameters (pH and ammonia nitrogen), production of microbial nitrogen compounds, microbial efficiency and blood parameters (glucose and urea) in the diet of beef cattle. The treatments consisted of the following levels of zeolite, a commercial nutritional additive based on clinoptilolite, a hydrated aluminosilicate- based diet DM: 0, 0.75, 1.5, 2.25 and 3.0. We used five steers and crossbred GxZ with ruminal and abomasal fistula, fed 65% corn silage and 35% concentrate based on corn, mineral salt and urea / SA (1.5% of total diet DM ). The animals were distributed in a 5x5 Latin square, consisting of five periods of 15 days each, totaling 75 days of experimental period. The adaptation to the diet was nine days. In each experimental period samples were taken of total feces and urine (from 10th to 12th day) and the 10th to 13th day, samples were collected (approximately 200 mL) of abomasal digesta in 15 hours. During the collection period (from 10th to 15th day), samples were of forage and concentrates and remains for further analysis. From 3rd to 12th day of each experimental period was provided, via rumen fistula, 15 g of titanium dioxide (TiO2) wrapped in paper, 4 hours after feeding in the morning (12:00 h) for subsequent estimation of nutrient digestibility. The bacterial isolation was performed in 13 (8h) and 14 days (14:00 h). On the 14th day of each experimental period samples were collected for analysis of blood glucose and urea. Samples were collected in 50 ml of rumen fluid at 0 (before feeding), 1, 2, 3, 4, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 20 and 24 hours after the delivery of food, in the 15th day of each period, for evaluation of pH and ammonia concentration in the rumen. In the urine samples were determined the concentrations of allantoin, uric acid, urea and creatinina. There was no effect of levels of zeolite (P> 0.05) on daily nutrient intake (kg / day) of DM, OM, EE, CHO, NDF, NFC, and TDN. However, we observed the effect of zeolite (P <0.05) on CP intake. However, we detected a linear positive effect of zeolite (P <0.05) on DM and NDF when expressed in g / kg BW. The total digestibility of DM, OM, EE, NDF and NFC was not affected (P> 0.05) by the zeolite, which was not observed for TDN (P <0.05). Ruminal of NFC was affected (P <0.05) quadratically (values above 1.55% of zeolite increases ruminal digestibility of NFC) and intestinal CP and NFC were affected (P <0.05) by the addition of levels of zeolite, respectively, linear quadratic (higher x digestibility with 1.55% of zeolite). The intake and fecal nitrogen excretion (g / day) were affected linearly positive (P <0.05) with increasing levels of zeolite in the diet. No effect (P> 0.05) levels of zeolite on the excretion of purine derivatives and purine absorbed as well as on the production of microbial protein and microbial efficiency. The concentrations of plasma glucose and urea were not affected (P> 0.05) by the zeolite. There was no interaction (P> 0.05) between the level of zeolite and the time of evaluation of pH or ammonia nitrogen, however, the time of assessment affect the pH and ammonia nitrogen (P <0.05), ie different throughout the day. No significant differences (P>0.05) in ruminal bacteria composition depending on the levels of zeolita, demonstrating that the additive was not able to change the DM, OM and N-RNA of the same. It was concluded that the addition of zeolite in the diet does not improve the utilization of urea in diets for beef cattle, since it does not alter the intake and digestibility of nearly all nutrients, and did not affect ruminal evaluated.
Palavras-chave: Alimentação
Bovinos
Zeolita
Feeding
Cattle
Zeolite
CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA::NUTRICAO E ALIMENTACAO ANIMAL
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Citação: CÂMARA, Larissa Rodrigues de Azevedo. Zeolite in diets for beef cattle. 2010. 112 f. Dissertação (Mestrado em Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2010.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5657
Data do documento: 19-Ago-2010
Aparece nas coleções:Zootecnia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
texto completo.pdf1,12 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.