Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://locus.ufv.br//handle/123456789/3476
Tipo: Dissertação
Título: Efeitos da caminhada sobre o balanço energético em mulheres obesas
Título(s) alternativo(s): Effects of walking in energy balance of obese women
Autor(es): Silva, Rafael Pacheco
Primeiro Orientador: Amorim, Paulo Roberto dos Santos
Primeiro coorientador: Franceschini, Sylvia do Carmo Castro
Segundo coorientador: Marins, João Carlos Bouzas
Primeiro avaliador: Farinatti, Paulo de Tarso Veras
Abstract: Esta dissertação foi proposta com o objetivo principal de verificar os efeitos da caminhada sobre o balanço energético em mulheres obesas e, para isso, foram conduzidos uma revisão de literatura e 2 artigos originais sequenciais. Na revisão, verificou-se que a obesidade tem crescido de forma epidêmica em todo o mundo, tanto em adultos como em adolescentes e tem sido apontada como um fator independente para o risco de desenvolvimento de doenças de ordem cardiometabólica, além de estar associada a outros fatores de riscos, tais como as dislipidemias, o diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Vários são os métodos de diagnóstico da obesidade, variando o seu custo operacional e possibilidades de aplicação em pesquisas epidemiológicas. Nos últimos anos, o foco da pesquisa sobre o excesso de peso corporal tem sido a distribuição da gordura e sua relação com os mecanismos inflamatórios, que são mediados principalmente pelas concentrações de proteína C-reativa (CRP), leptina e de citocinas, tais como o fator de necrose tumoral α (TNF-α), a interleucina-6 (IL-6), a adiponectina e o inibidor do ativador de plasminogênio-1(PAI-1). As estratégias de prevenção e tratamento adotadas têm buscado, além das técnicas comumente usadas, acompanhar em todo o tempo a aderência ao tratamento, evitando possíveis respostas compensatórias e o re-ganho de peso após programas de reeducação alimentar e intervenções com atividades físicas. Mulheres obesas optam pela caminhada em um ritmo mais confortável e com menor gasto de energia. Assim, o objetivo do artigo original 1 foi comparar o custo energético por distância em diferentes velocidades de caminhada. 13 mulheres obesas (IMC= 33,82 ± 2,95 kg/m2) e sedentárias foram voluntárias no estudo. Para determinar o custo energético por distância (m/min), foram medidas as trocas respiratórias em um protocolo de esteira que consistia em 5 estágios de 4 minutos, com 4 minutos de repouso, com velocidades crescentes (3,0, 4,0, 5,0, 6,0 km/h e a velocidade de caminhada auto-selecionada-VCAS). A VCAS foi calculada através da média do tempo para percorrer uma pista de 50 metros de comprimento. O gasto energético por distância foi definido como: (economia grossa = VO2 [ml/kg.min] dividido pela velocidade [m/min]). O VO2 e a FC aumentaram conforme ocorriam os aumentos da velocidade na esteira. A VCAS média obtida pelas voluntárias foi de 4,8 km/h. A velocidade de 3,0 km/h apresentou maior valor de economia grossa em relação a 4,0, 5,0, VCAS e 6,0 km/h [0,089, contra 0,076, 0,073, 0,074 e 0,078 (ml/kg.m)]. Concluiu-se que A VCAS é a que representa o menor custo de energia por distância, entre cinco velocidades diferentes, em mulheres obesas e sedentárias. Além disso, verificou-se que 3,0 km/h representam a velocidade que promove o maior gasto de energia por distância percorrida. A ineficácia de programas de exercícios em promover emagrecimento tem sido questionada, contudo a análise das variáveis relativas à atividade física habitual (AFH) e a ingestão alimentar são componentes não considerados em diversos estudos foi o objeto de estudo do artigo original 2. Assim, o objetivo foi investigar as respostas compensatórias sobre o balanço energético e composição corporal de mulheres obesas. Oito mulheres obesas se submeteram a um programa de caminhadas durante 8 semanas (4 supervisionadas e 4 não supervisionadas). Nas fases pré-intervenção (PRÉ), após 4 semanas (4S) e ao final das 8 semanas de intervenção (PÓS), a AFH foi monitorada por 7 dias com o acelerômetro ActiGraphGT3X e a ingestão alimentar foi verificada por um registro de 3 dias. Foram realizadas antropometria e percentual de gordura, medido por bioimpedância tetrapolar. Em PRÉ e PÓS, foram estimados o consumo de oxigênio (VO2max), por calorimetria indireta, além de glicose, colesterol total e frações, e triglicerídeos. ANOVA com post hoc de Tukey foi realizada para variáveis medidas em PRÉ, 4S e PÓS, teste t pareado para variáveis medidas em PRÉ e PÓS. Não foram verificadas diferenças na composição corporal. Sete mulheres aumentaram a ingestão calórica após 4S. Na comparação das diferenças entre os períodos (Δ), foram encontradas diferenças entre Δ4S-PRÉ (253 kcal/dia) x ΔPÓS-4S(-42 kcal/dia)(p=0,014) e em ΔPÓS-PRÉ(211 kcal/dia) x ΔPÓS-4S(-42 kcal/dia)(p=0,033). A ingestão calórica média por semana em PRÉ, 4S e PÓS foi 9620,33 ± 2368,70, 11394,39 ± 2004,59, e 11097,91 ± 1477,53, respectivamente. Na AFH, houve diferenças entre PRE e PÓS em relação à 4S (274423 ± 126044, 224352 ± 78669 e 283437 ± 120909 contagens, respectivamente), bem como aumento significativo do VO2max (21,13 ± 3,58 e 24,40 ± 3,22 ml.O2.kg-1.min-1) e redução do LDL (147,00 ± 24,01 e 130,45 ± 20,81 mg.dL-1). Concluiu-se que, apesar dos benefícios à saúde e aptidão física, o programa de caminhadas realizado nesse estudo não contribuiu para alterações significativas na composição corporal nas mulheres obesas, devido às respostas compensatórias relacionadas ao aumento da ingestão alimentar e diminuição da atividade física habitual.
This work was proposed with the main objective of evaluating the effects of walking on energy balance in obese women, and to this end, we conducted a review and two original articles in sequence. In the review, was verified that obesity epidemic has grown worldwide, both in adults and adolescents and has been reported as an independent factor for the risk of appearence and development of cardiometabolic diseases of order, besides being associated with other risk factors, such as dislipidemies, diabetes mellitus and hypertension. There are several methods for the diagnosis of obesity, varying their operating costs and possibilities of application in epidemiologic research. In recent years, the focus of research on excess body weight has been the distribution of fat and its relationship with inflammatory mechanisms, which mainly mediated by concentrations of C-reactive protein (CRP), leptin and cytokines, such as the tumor necrosis factor α (TNF-α), interleukin-6 (IL-6), adiponectin and plasminogen activator inhibitor-1 (PAI-1). The prevention and treatment strategies adopted have sought, in addition to the techniques commonly used at all times monitor adherence to treatment, avoiding possible compensatory responses and re-gain weight after programs of diet and physical activity interventions. Obese women choose to walk at a comfortable pace and with less energy expenditure. Thus, the main of the original article 1 was to compare the energy cost per distance in different speeds of walking. 13 obese women (IMC=33,82 ± 2,95 kg/m2) and sedentary had been voluntary in the study. To determine the energy cost per distance (m/min), we measured the respiratory exchanges in a treadmil protocol that consisted of 5 stages of training of 4 minutes, with 4 minutes of rest, increasing speeds (3,0, 4,0, 5,0, 6,0 km/h and the self-selected speed of walking - VCAS). We measured the VCAS through the average of the time to cover a track of 50 meters of length. The energy expenditure per distance was defined as: (gross economy = VO2 [ml/kg.min] divided by the speed [m/min]). VO2 and FC increased according to the increase of the speed at the treadmill. The average VCAS gotten by the volunteers was 4,8 km/h. The speed of 3,0 km/h presented greater value of gross economy in relation to 4,0, 5,0, VCAS and 6,0 km/h (0,089, against 0,076, 0,073, 0,074 and 0,078 ml/kg.m). We concluded that the VCAS represents the lesser cost of energy per distance, between five different speeds, in obese and sedentary women. Moreover, 3,0 km/h represents the speed that promotes the biggest energy expenditure per covered distance. The ineffectiveness of exercise programs to promote weight loss has been questioned, however the analysis of variables related to habitual physical activity (HPA) and food intake components are not considered in several studies was the object of study in original article 2. Thus, the mais was to investigate compensatory responses on the energy balance and body composition of obese women. Eight obese women underwent a walking program for 8 weeks (4 supervised and unsupervised 4). In the pre-intervention (PRE), after 4 weeks (4W) and after 8 weeks (POST) intervention, the HPA was monitored for 7 days with the accelerometer ActiGraph GT3X and food intake was verified by 3 day-record. Were performed anthropometry and fat percentage, as measured by tetrapolar bioimpedance. In PRE and POST, were estimated maximum oxygen uptake (VO2max), by indirect calorimetry, in addition to glucose, total cholesterol and fractions, and triglycerides. ANOVA with post hoc Tukey test was performed for variables measured in PRE, 4W and POST, paired t-test for variables measured in PRE and POST. No differences were observed in body composition. Seven women increased their caloric intake after 4W. Comparing the differences between periods (Δ), differences were found between Δ PRE-4W (253 kcal / day) x ΔPOST-4W (-42 kcal / day) (p = 0.014) and Δ PRE-POST (211 kcal / day ) x ΔPOST-4W (-42 kcal / day) (p = 0.033). The mean caloric intake per week in PRE, 4W and POST was 9620,33 ± 2368,70, 11394,39 ± 2004,59 and 11097.91 ± 1477,53 kcal, respectively. In the HPA, there were differences in PRE and POST in relation to 4W (274423 ± 126044 and 224352 ± 78669 vs. 224352 ± 78669 counts, respectively) and significant increase in VO2max (21,13 ± 3,58 and 24,40 ± 3,22 ml.O2.kg- 1.min-1) and reducing LDL (147,00 ± 24,01 and 130,45 ± 20,81 mg.dL-1). We concluded that, despite the benefits to health and fitness, the walking program conducted in this study did not contribute to significant changes in body composition in obese women, due to compensatory responses related to increased food intake and decreased physical activity.
Palavras-chave: Obesidade
Balanço energético
Caminhada
Obesity
Energy balance
Walk
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICA
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Aspectos sócio-culturais do movimento humano; Aspectos biodinâmicos do movimento humano
Citação: SILVA, Rafael Pacheco. Effects of walking in energy balance of obese women. 2012. 99 f. Dissertação (Mestrado em Aspectos sócio-culturais do movimento humano; Aspectos biodinâmicos do movimento humano) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2012.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3476
Data do documento: 27-Mar-2012
Aparece nas coleções:Educação Física

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
texto completo.pdf3,34 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.