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Tipo: Dissertação
Título: Potencial de macrófitas para remoção de arsênio e atrazine em solução aquosa
Título(s) alternativo(s): Potencial of macrophytes to remove arsenic and atrazine from water solution
Autor(es): Guimarães, Fernanda Pereira
Primeiro Orientador: Euclydes, Rosane Maria de Aguiar
Primeiro avaliador: Oliveira, Juraci Alves de
Segundo avaliador: Karam, Décio
Terceiro avaliador: Carmo, Flávia Maria da Silva
Quarto avaliador: Ribeiro, Sylvia Therese Meyer
Abstract: O potencial de três macrófitas aquáticas: Azolla caroliniana, Salvinia minima e Lemna gibba foi avaliado, neste estudo, visando a seleção de plantas para serem utilizadas na remediação de ambientes contaminados por arsênio (As) e atrazine. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, durante seis dias, em vasos contendo solução de Hoagland (¼ de força iônica), nas seguintes concentrações: 0,5; 2,5 e 5,0 mg L-1 de As e 0,01; 0,1; 1,0; 10,0 mg L-1 de atrazine. As três espécies apresentaram um maior acúmulo de As, à medida que houve aumento da concentração do metalóide em solução. Entretanto, foi constatada uma redução no ganho de massa fresca e seca, quando as plantas foram expostas a concentrações elevadas de As. As macrófitas demonstraram diferenças na eficiência de remoção de As em solução. Azolla caroliniana, S. minima e L. gibba acumularam em média 0,130; 0,20 e 1,397 mg gMS-1 de As, respectivamente, quando expostas a 5,0 mg L-1. Em solução com baixa concentração de fosfato, as macrófitas absorveram maior quantidade de As, visto que o fosfato e o As, na forma de arseniato, competem pelos mesmos sítios de absorção. Quanto maior a concentração de As nos tecidos de L. gibba menor os teores de clorofila total e carotenóides obtidos, constatado pela alta incidência de cloroses. Lemna gibba, também apresentou redução do tamanho das folhas. A presença de As não afetou a síntese de clorofila total e carotenóides em A. caroliniana. Essa espécie apresentou folhas arroxeadas, com elevada concentração de antocianinas, cuja presença sugere deficiência de fosfato. Em S. minima ocorreram necroses marginais, em folhas flutuantes da parte aérea, sendo as plantas capazes de reproduzir, liberando plantas-filhas, livres de qualquer sintoma visual. No estudo de atrazine, um herbicida inibidor do processo de fotossíntese, houve comprometimento do ganho de massa fresca e seca nas três macrófitas estudadas, o que causou a morte das plantas. A ocorrência de cloroses e necroses, observadas nas plantas, demonstrou a sensibilidade das três espécies ao herbicida. Estas apresentaram baixo potencial de remoção de atrazine, quando expostas a baixas concentrações do herbicida. Porém, na concentração de 10,0 mg L-1 de atrazine, onde houve indução da morte das plantas, L. gibba e A. caroliniana demonstraram potencial para remover o herbicida da solução (0,016 e 0,018 mg gMF-1, respectivamente). Este fato, provavelmente, está relacionado a processos de adsorção da atrazine à matéria morta. A quantidade percentual de As e atrazine removidos da solução, pelas plantas estudadas, reduziu quando as plantas foram expostas a altas concentrações dos poluentes. O uso destas espécies na remediação de ambientes aquáticos mostrou ser limitado requerendo investigações mais profundas. Das três espécies estudadas, L. gibba foi a única macrófita que pode ser considerada hiperacumuladora de As, enquanto A. caroliniana, S. minima e L. gibba não foram eficientes na remoção do herbicida atrazine da solução.
The potential of three aquatic plants: Azolla caroliniana, Salvinia minima and Lemna gibba was evaluated, in this study, in order to select plants to be used in phytoremediation of water polluted by arsenic (As) and atrazine. The experiments were carried out in a green house, during six days, using vases containing Hoagland solution (¼ of ionic force), in the following concentrations: 0,5; 2,5 and 5,0 mg L-1 of As and 0,01; 0,1; 1,0; 10,0 mg L-1 of atrazine. The three species showed an increase accumulation of arsenic, while there was an increase of arsenic concentration in solution. However, it was noticed a reduction in the fresh and dry mass production, when the plants were exposed to high concentrations of As. The plants demonstrated differences in the efficiency of removal of As from the solution. Azolla caroliniana, S. minima and L. gibba accumulated on average 0,130; 0,200 and 1,397 mg gMS-1 of As, respectively, when exposed to 5,0 mg L-1. In solution with low phosphate concentration, the plants removed more As, because the phosphate and As, in the arseniate form, compete for the same absorption sites. As greater the concentration of As in the L. gibba tissues was, the smaller the total chlorophyll and carothenoid synthesis was, found by the cloroses incidence. Also, L. gibba, showed reduction of the leaf sizes. However, the As in the leaves did not affect the synthesis of total chlorophyll and carothenoid in A. caroliniana. This specie presented purple leaves, containing high anthocyanin levels, which suggested a phosphate deficiency. Salvinia minima showed marginal necrosis, in flotation leaves and the plants were capable to reproduce, generating health daughter plants, free from any visual symptoms. In the atrazine study, an herbicide that blocks the photosynthesis process, the three species had a reduction on the fresh and dry mass, that caused their deaths. The clorosis and necrosis observed in the plants showed the sensitivity of the three species towards the herbicide. All plants showed low potential to remove atrazine from solution, when exposed to low concentrations of the herbicide. However, in the concentration of 10,0 mg L-1 of atrazine, which caused the plants deaths, L. gibba and A. caroliniana demonstrated a good potential to remove the herbicide from the solution (0,016 and 0,018 mg gMF-1, respectively). Probably, this potencial is related to adsorption of atrazine from the dead tissues. The percentage of As and atrazine removed from the solution, for the studied plants, reduced when the plants were exposed to higher concentrations of the pollutants. The use of these species in the remediation of aquatic environments was limited, which required more accurated studies. Of the three species, L. gibba was the only arsenic hyperaccumulator plant, while A. caroliniana, S. minima and L. gibba were not efficient to remove atrazine from the solution.
Palavras-chave: Fitorremediação
Arsênio
Atrazina
Phytoremediation
Arsenic
Atrazine
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA::BOTANICA APLICADA
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Citação: GUIMARÃES, Fernanda Pereira. Potencial of macrophytes to remove arsenic and atrazine from water solution. 2006. 87 f. Dissertação (Mestrado em Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2006.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2575
Data do documento: 22-Fev-2006
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