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Tipo: Dissertação
Título: Perfil sociodemográfico e epidemiológico de gestantes e recém-nascidos e fatores determinantes do peso ao nascer: um estudo de usuários do SUS em Viçosa-MG
Título(s) alternativo(s): Socio-demographical and epidemiological profile of gestational women and newborn infants and determinant weight factors at birth: a SUS study in Viçosa-MG
Autor(es): Carmo, Beatriz Glatzl do
Primeiro Orientador: Rosado, Gilberto Paixão
Primeiro coorientador: Ribeiro, Rita de Cássia Lanes
Segundo coorientador: Rosado, Lina Enriqueta Frandsen Paez de Lima
Primeiro avaliador: Oliveira, Lucio Henrique de
Segundo avaliador: Sant anna, Luciana Ferreira da Rocha
Abstract: Este estudo objetivou conhecer o perfil das gestantes e dos recémnascidos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Viçosa-MG e microrregião, bem como avaliar os fatores preditores do peso ao nascer e as características das placentas nesta população. Trata-se de um estudo transversal realizado com 244 puérperas, seus recém-nascidos (RN) e respectivas placentas, durante o período de outubro de 2005 a março de 2006. Foram verificados tipo de parto, sexo dos RN, dados antropométricos da puérpera e do RN e peso das placentas. As puérperas foram classificadas de acordo com o Índice de Massa Corporal pré-gestacional, em gestantes de baixo peso, de peso normal, com sobrepeso e com obesidade, segundo o Institute of Medicine IOM (1990). Os RN foram classificados segundo o peso ao nascer e quanto à idade gestacional, de acordo com a Organização Mundial da Saúde OMS (1995). Utilizou-se o índice ponderal ou de Röhrer para avaliar a relação entre o peso e o comprimento do recém-nascido. A placenta foi pesada com cordão umbilical e membranas, conforme o método descrito por Margotto (1992), e, em seguida, calculou-se o índice placentário (relação peso placentário/peso fetal). Observou-se um índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional médio de 22,05, dentro dos limites da normalidade. Entretanto, constatou-se um contingente expressivo de gestantes com baixo índice de massa corporal pré-gestacional. Quanto ao ganho ponderal durante a gestação, 43,8% ganharam peso abaixo do recomendado, o que foi associado com o baixo peso do recém-nascido. Observou-se que as puérperas provenientes da zona rural tinham 3,73 vezes mais chance de terem recém-natos de baixo peso e aquelas com renda per capita menor que 1/3 do salário-mínimo vigente tiveram 4,35 vezes mais chance de darem à luz a RN de baixo peso. As gestantes que fizeram menos de seis consultas durante o pré-natal tiveram 7,87 vezes mais chance de ocorrência do baixo peso ao nascer e aquelas com história de ocorrência de baixo peso em gestações anteriores tiveram 4,47 vezes mais chance de darem à luz a RN de baixo peso na gestação atual. Constatou-se que 38,37% dos RN possuíam peso abaixo da média adequada. Destes, 8,98% tinham baixo peso, e o restante, peso insuficiente. O percentual encontrado de baixo peso ao nascer, não diferenciou da média nacional. Embora a maioria dos recémnascidos (61,63%) apresentasse peso favorável (acima de 3.000 g), houve grande diferença desse indicador quando comparado com o de países como a Suécia, onde 88,88% dos RN apresentaram peso favorável, segundo Puffer e Serrano (1988). No caso dos outros dados antropométricos dos recém-nascidos, não se constatou nenhuma anormalidade. Em relação ao índice ponderal, 86,5% dos recém-natos se encontravam dentro da faixa de normalidade. Essa normalidade também foi constatada quando foram analisados o peso da placenta e o índice placentário. No caso da idade gestacional, a maioria foi a termo e, no caso dos prematuros, todos apresentaram baixo peso. Observou-se que 14% de RN eram pequenos para a idade gestacional ou PIG (34 RN); 5,4% de RN eram grandes para a idade gestacional ou GIG (13 RN) e 80,6% de RN eram adequados para a idade gestacional ou AIG (195 RN). Dessa forma, constatou-se uma proporção significativa de PIG ou RN que sofreu restrição no seu crescimento intra-uterino, havendo uma leve predominância do grupo de PIG em relação ao grupo de prematuros na categoria de baixo peso ao nascer. Fatores como altura e peso pré-gestacional só tiveram associação com os PIG e não com os prematuros, o que era esperado, uma vez que fatores nutricionais associam-se mais à restrição do crescimento uterino do que à duração da gestação. No grupo dos PIG, observaram-se associações com menor ganho ponderal materno, menor altura materna, menor peso pré-gestacional, menor número de consultas no pré-natal, menores índices ponderais e menores pesos das placentas. Pode-se inferir que a associação entre o menor peso placentário e a ocorrência de PIG é verdadeira, uma vez que não houve menor duração da gestação como fator de confusão, como no caso dos prematuros, o que pode indicar que houve prejuízo da função placentária neste grupo. Conclui-se que os fatores associados ao baixo peso ao nascer em Viçosa-MG foram ganho ponderal abaixo do recomendado durante a gestação, menor número de consultas durante o pré-natal, menor duração da gestação, menor peso da placenta, menor renda per capita, baixa escolaridade e menores índices ponderais e placentários.
This study aimed to study the profile of pregnant women and newborn infants attended by the national health system SUS in Viçosa-MG and microregion, as well as to evaluate the predicting factors of weight at birth and placental characteristics of this population. This was a cross-sectional study using 244 puerperium women, their newborn infants (NB) and respective placentas, from October 2005 to March 2006. Delivery type, sex of NB infant, anthropometric data of puerperium women and NB infant as well as placenta weight were verified. The puerperium mothers were classified according to the pre-gestational Body Mass Index as low weight, normal weight, overweight and obese, according to the Institute of Medicine IOM (1990). The NB infants were classified according to weight at birth and gestational age, according to the World Health Organization (WHO) (1995). The Röhrer Index was used to evaluate NB weight/length ratio. The placenta with the umbilical cord and membranes were weighed according to the method described by Margotto (1992), and the placenta index was calculated (placenta weight /fetus weight ratio). A mean pre-gestational Body Mass Index (BMI) of 22.05 was observed within the normality limits. However, an expressive number of gestational women with low pre-pregnancy BMI were confirmed. As for ponderal gain during the course of pregnancy, 43.8% gained weight below the recommended, which was associated with NB low weight. It was observed that the pregnant women from the rural area had 3.73 more chance to have low weight newborn infants and those with per capita income lower than 1/3 of the current minimum wage had 4.35 times more chance to give birth to low weight NB infants. The pregnant women that had less than six prenatal appointments had 7.87 times more chance of occurrence of low weight at birth and those with low weight in previous pregnancies had 4.47 times more chance to give birth to low weight NB infants during the current pregnancy. It was confirmed that 38.37% of the NB infants had weight below the adequate average. Out of these, 8.98% were low weight and the others were underweight. Low weight at birth percentage found did not differ from the national average. Although most the NB infants (61.63%) presented a favorable weight (above 3.000 g), there was a great difference in this indicator when compared to countries such as Sweden, where 88.88% of the NB infants presented favorable weight according to Puffer and Serrano (1988). No abnormality was confirmed for the other anthropometrical data. As for the Rohrer index, 86.5% of the NB infants were within the normalcy range. Such normalcy was also confirmed when placenta weight and placenta index were analyzed. In the case of gestational age, the majority was of term and in the case of the preterm births, all were low weight. It was observed that 14% of the NB infants were small for gestational age or SGA (34 NB infants); 5.4% were big for gestational age or BGA (13 NB infants) and 80.6% were adequate for gestational age or AGA (195 NB infants). Thus, it was confirmed that a significant proportion of SGA NB infants suffered restriction in their intrauterine growth, with a slight predominance of the SGA group over the preterm group in the category low weight at birth. Factors such as height and pre-gestational weight were only associated with the SGA group and not with the preterm group, as expected, since nutritional factors are more associated with uterine growth restriction than with pregnancy duration. Associations with lower maternal ponderal gain, shorter maternal height, lower pre-pregnancy weight, fewer prenatal appointments, lower Rohrer indices and lower placenta weights were observed in the SGA group. It can be inferred that the association between lower placenta weight and SGA occurrence is true, since no shorter pregnancy duration occurred as confusion factor as in the preterm infants case, what may indicate loss of placenta function in this group. It was concluded that the factors associated with low weight at birth in Viçosa-MG were ponderal gain below the recommended during pregnancy, fewer prenatal appointments, shorter pregnancy duration, lower placenta weight, lower per capita income, low schooling, and lower Rohrer and placenta indices.
Palavras-chave: Peso ao nascer
Recém-nascido
Fatores de risco
Birth weight
Newborn
Risk factors
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO::ANALISE NUTRICIONAL DE POPULACAO
Idioma: por
País: BR
Editor: Universidade Federal de Viçosa
Sigla da Instituição: UFV
Departamento: Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis
Citação: CARMO, Beatriz Glatzl do. Socio-demographical and epidemiological profile of gestational women and newborn infants and determinant weight factors at birth: a SUS study in Viçosa-MG. 2006. 179 f. Dissertação (Mestrado em Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2006.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2765
Data do documento: 27-Out-2006
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